Além da Borda é sugestão para aceitar verificar a validade de crenças e costumes.

Apresentação

Em 1965, quando completei 12 anos de idade, comecei a ter consciência de que as crenças que os mais velhos me ensinavam não eram coerentes com a realidade. Além disso, era costume aceitar em silêncio a incoerência, não respondendo a perguntas de crianças e adolescentes. Assim, cada pessoa buscava, por si mesma, referências para formar suas crenças e seus costumes. Crenças e costumes que definem e, também, limitam a capacidade de considerar valores que estão além de seus limites de crença. Aquelas pessoas somos os mais velhos de hoje, na convivência com crianças e adolescente que vão viver o futuro.

Naquela época, eu percebia a incoerência sem entender como ela tinha surgido. Agora, mais de meio século depois, acompanhando a formação de crenças e costumes e seus impactos ao longo da vida, tenho algum entendimento sobre crenças e costumes, com que criei Na Colônia e escrevi os romances O Resgate da Existência e Os Limites da Crença.

Em Na Colônia, faço reflexões com humor sobre possibilidades de crenças e costumes que poderiam ter ocorrido no século XVIII.  Nos romances, a descoberta de que pessoas e deuses são tratados como o bonsai. O bonsai é uma miniatura de árvores que, se livre na natureza, poderiam ter metros de altura. Para que não cresçam, são criada em bandejas, com limitação de nutrientes, de água e poda de suas raízes. Além disso, são sufocadas pelo corte de folhas.

As folhas do bonsai além do limite da cúpula de vidro do logotipo de Além da Borda representam a respiração de outros ares, crenças e costumes. Meio para diálogo, entendimento das necessidades de outros:  pessoas, deuses e a biodiversidade deste planeta.

Sob o selo Além da Borda apresento ideias para verificar a validade de crenças e costumes. É uma iniciativa para o diálogo e reflexão de pessoas de todas as idades.

Wagner Matias de Andrade

(Editor-autor. Comunicador social com pós-gradução em pedagogia empresarial, cursando Psicologia)