I

Veja em vídeo.

Temos costumes que não são honestos, mesmo nas melhores intenções. São praticados com tanta naturalidade que as pessoas não mais percebem que são costumes não honestos. Não são honestos porque colocam pessoas e seres como responsáveis pelo que não fizeram.

Desse modo, pode receber os méritos alguém que não foi o autor de algo positivo.

Pode ocorrer de ser castigado alguém que não foi o autor de algo negativo.

Além disso, a declaração de autoria falsa leva pessoas inocentes a esperanças que não serão atendidas. Quem fez a declaração passa por mentiroso e quem foi declarado como autor perde a credibilidade.

Com o tempo, à medida que faz pesquisas e verifica os efeitos das orações, a criança vai percebendo que a fala dos religiosos não corresponde à realidade. Vai percebendo que dizer “graças a Deus” torna Deus injusto, favorecendo os mais ricos. Um terremoto não derruba as casas fortalecidas de pastores ricos e eles dizem “graças a Deus”. Mas esse mesmo terremoto derruba os casebres das pobres ovelhas perto dali.

Por fim, as pessoas pobres são convencidas de que tudo aconteceu conforme a vontade de Deus e que o sofrimento é aperfeiçoamento. Mas isso é desonestidade. Não é honesto com as pessoas e nem mesmo com Deus inventar argumentos para consolar as pessoas quando afirmações anteriores da religião não se confirmam no mundo real.

Se você é pastor ou líder religioso, eu recomendo pensar seriamente sobre isso. Você pode estar pregando a desonestidade. Iludido por dogmas, talvez não saiba que as religiões são fundamentadas nos mesmos princípios usados por desonestos, estelionatários e abusadores para enganar as pessoas. Isso pode ser resumido em três palavras: mistério, amor e temor. Os mistérios são fundamentos das religiões e dos desonestos. A cobrança de amor é princípio das religiões e dos abusadores. A religião impõe temor a quem não acredita, assim como também os desonestos, estelionatários e abusadores ameaçam quando há desconfiança.

Declarar a autoria a quem é realmente o autor é uma das expressões da honestidade.

Jesus agiu como os desonestos quando disse “bem-aventurados os que não viram e creram” (João 20:29) A declaração de São Francisco “onde houver dúvida, que eu leve fé” é desonesta. A fé é meio de oprimir a dúvida sem explicações, sem esclarecimento. O desonesto impõe que as vítimas tenham fé de que ele  é honesto.

Se Jesus e São Francisco tivessem feito análise crítica honesta de suas frases, falariam diferente. Poderiam dizer “bem-aventurados os que verificam antes de crer”, “onde houver dúvida, que eu leve esclarecimento”.   

Livros.